Se você já ouvia falar sobre Ayurveda, Yoga, Acupuntura, Homeopatia, Fitoterapia e Reiki, por exemplo, sabe indiretamente, o que são as Práticas Integrativas e Complementares e como elas se aplicam.
Ainda que não tenha conhecimento teórico sobre o tema, se já praticou no Movieco, dentro do Projeto Ecologia do Ser, algumas dessas terapias (ou outras) – que promovem saúde e bem-estar à comunidade – você está usufruindo de terapias contidas na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), já inserida no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2006, quando aprovada pelo Ministério da Saúde.
A aplicação delas é realizada por terapeutas especializados que prestam serviço em ONGs e outros locais específicos. Elas contam com o apoio e o incentivo das prefeituras municipais.
Em outras palavras, o campo das práticas integrativas e complementares contempla os sistemas de saúde que promovem a saúde e os recursos terapêuticos, também chamados de medicina tradicional e complementar/alternativa da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Elas funcionam como um sistema médico complexo que utiliza recursos terapêuticos e promove o autocuidado. Por isso, sua prática exige uma participação mais ativa e atuante do próprio paciente.
Enquanto que no modelo de saúde tradicional o tratamento é focado na patologia e, por isso, mais restrito, no modelo humanizado, o atendimento é mais amplo e integrado. Existe um acompanhamento mais longo no qual o paciente é observado como um todo, para que sua saúde e bem-estar sejam contemplados (corpo, mente e espírito).
Esses sistemas de saúde e recursos envolvem abordagens que buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde por meio de tecnologias eficazes e seguras, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade.
O é a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC)
A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) teve sua implementação por meio do envolvimento de justificativas de natureza política, técnica, econômica, social e cultural. Atende, sobretudo, à necessidade de se conhecer, apoiar, incorporar e implementar experiências que já vêm sendo desenvolvidas na rede pública de muitos municípios e estados, entre as quais destacam-se aquelas no âmbito da Medicina Tradicional ChinesaAcupuntura, da Homeopatia, da Fitoterapia, da Medicina Antroposófica e do Termalismo-Crenoterapia.
Esta Política Nacional define as abordagens da PNPIC no SUS, tendo em conta também a crescente legitimação destas por parte da sociedade. Um reflexo desse processo é a demanda pela sua efetiva incorporação ao SUS, conforme atestam as deliberações das Conferências Nacionais de Saúde; da 1ª Conferência Nacional de Vigilância Sanitária, em 2001; da 1ª Conferência Nacional de Assistência Farmacêutica, em 2003, a qual enfatizou a necessidade de acesso aos medicamentos fitoterápicos e homeopáticos; e da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, realizada em 2004.
Ao atuar nos campos da prevenção de agravos e da promoção, manutenção e recuperação da saúde baseada em modelo de atenção humanizada e centrada na integralidade do indivíduo, a PNIPIC contribui para o fortalecimento dos princípios fundamentais do SUS.
Em junho de 2003, representantes das Associações Nacionais de Fitoterapia, Homeopatia, Acupuntura e Medicina Antroposófica, reuniram-se com o então Ministro da Saúde. Na ocasião, por solicitação do próprio Ministro, foi instituído um grupo de trabalho, coordenado pelo Departamento de Atenção Básica/SAS e pela Secretaria Executiva, com a participação de representantes das Secretarias de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos e de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde/MS; Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); e Associações Brasileiras de Fitoterapia, Homeopatia, Acupuntura e Medicina Antroposófica, para discussão e implementação.
Eles optaram pela realização de Fóruns de abrangência nacional com ampla participação da sociedade civil organizada, além de reuniões técnicas para sistematização do plano de ação. O subgrupo da MTC/Acupuntura optou por reuniões técnicas, subsidiadas pelos documentos produzidos pela OMS para a área, entre outros.
Com a publicação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), a homeopatia, as plantas medicinais e fitoterápicas, a medicina tradicional chinesa/acupuntura, a medicina antroposófica e o termalismo social-crenoterapia foram institucionalizados no Sistema Único de Saúde (SUS).
Ela abrange diferentes áreas de conhecimento como: saúde, educação, cultura e meio ambiente. Tem por finalidade promover uma interação do paciente com o terapeuta.
Conheça as Práticas Integrativas incorporadas inclusas no SUS:
1 Ayurveda
2 Yoga
3 Aromaterapia
4 Acupuntura
5 Homeopatia
6 Fitoterapia
7 Antroposofia
8 Termalismo
9 Arteterapia
10 Biodança
11 Dança Circular
12 Meditação
13 Musicoterapia
14 Naturoterapia
15 Quiropraxia
16 Reflexoterapia
17 Reiki
18 Shantala
19 Terapia Comunitária Integrativa
20 Apiterapia
21 Bioenergética
22 Constelação Familiar
23 Cromoterapia
24 Geoterapia
25 Hipnoterapia
26 Imposição de mãos
27 Ozonioterapia
28 Terapia de Florais
29 Osteopatia
A Medicina Oriental Chinesa (Acupuntura) surgiu há milhares de anos na China e chegou ao Brasil há 40 anos. Ela oferece Yin-Yang (o yin é o princípio da noite, Lua, a passividade, absorção; enquanto o yang é o princípio do Sol, dia, a luz e atividade). Trabalha com a teoria dos cinco movimentos e por fim aplica Acupuntura (inserção de agulhas no corpo) por acreditar que elas aliviam dores e promovem bem-estar.
A Hemeopatia surgiu no século XVIII. Trata-se de um sistema médico complexo de caráter holístico que visa restabelecer a força vital e promover saúde e bem-estar ao paciente.
As Plantas Medicinais e a Fitoterapia são métodos terapêutico muito antigos que utiliza, de forma racional, plantas medicinais, sem a utilização de substâncias ativas isoladas.
Projeto Ecologia do Ser
O Projeto Ecologia do Ser inovou na parceria com o município de Barueri, por meio da aplicação das Práticas Integrativas e Complementares. Faz parte do projeto um espaço decorado com elementos de arteterapia e harmonização energética, decoração com referência de conceitos aplicados nas terapias, como um Sri Yantra em 3D na entrada do espaço, elementos dos 7 chakras, entre outros.
Para as terapias de Ayurveda, por exemplo, a madeira reutizada faz parte do mobiliário para massoterapia. Outras práticas presentes no espaço físico são a aromaterapia (óleos essencias específicos de conexão, cromoterapia, fitoterapia no canteiro da Farmácia Viva com plantas medicinais). Todos esses procedimentos são para o acolhimento e exemplos de como as pessoas podem cuidar de sua própria saúde no cotidiano de suas casas.
Saiba mais
As PICs não recebem investimentos financeiros do Governo Federal. Em outras palavras, nenhum valor é retirado dos investimentos públicos normais destinados à saúde. O valor investido nas PICs é pago pelas prefeituras municipais que se interessam por implantá-las em seus sistemas de saúde locais.
Com a aplicação dessas práticas integrativas há uma ampliação da corresponsabilidade do indivíduo/paciente para com sua própria saúde. Antes essa preocupação era dada apenas ao profissional. Contudo, neste modelo humanizado o atendimento é mais amplo, existe uma acompanhamento mais longo, e o paciente é observado como um todo. É uma forma mais humanizada e integral de lidar com o indivíduo.