Movieco marca presença e destaca a importância das PIC’s durante 2ª Plenária Municipal de Saúde de Barueri

Texto por Priscila Miranda

O evento reuniu autoridades municipais e diversos profissionais da área da saúde

A 2ª Plenária Municipal de Saúde de Barueri foi realizada no dia 03 de março e é claro que o Movieco marcou presença, sendo muito bem representado pela coordenadora da ONG, Tânia Mara, e pelo coordenador administrativo e financeiro, Marconi Maciel. O encontro aconteceu nas dependências da Etec Antônio Furlan e reuniu diversos profissionais do setor e munícipes.

Com o tema “Garantir direitos e defender o SUS, a vida e a democracia – Amanhã vai ser outro dia”, a plenária teve por objetivo reafirmar, impulsionar e efetivar os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). A partir do diálogo com a sociedade de Barueri, foi possível avaliar o sistema de saúde e propor novas políticas e ações em benefício de sua consolidação.

Coordenadora da ONG Movieco, Tânia Mara e o Secretário da Saúde de Barueri, Milton Monti
(Fotografia: Marconi Maciel)

As dinâmicas e os debates abordaram pautas atuais e importantes, trazendo engajamento e coparticipação entre todo o público presente. Além de garantir a articulação sobre políticas sociais e econômicas, o encontro serviu para compartilhar o máximo de informações sobre o SUS, a fim de garantir que os interesses e as necessidades da população na área da saúde sejam contemplados.

O evento contou com a participação ativa do secretário municipal de Saúde, Milton Monti, que ressaltou a importância de valorizar e apoiar os profissionais de Barueri e o Sistema Único de Saúde (SUS). A presidente do Conselho Municipal de Saúde de Barueri, Andrea Silva Nicoleti, também estava entre as autoridades presentes na ocasião.

A Plenária aconteceu nas dependências da Etec Antônio Furlan e reuniu diversos profissionais da saúde e munícipes
(Fotografia: Marconi Maciel)

Nesse mesmo dia, também foram eleitos os delegados que representarão Barueri, com a responsabilidade de encaminhar as propostas do município à 9ª Conferência Estadual; que acontecerá de 29 a 31 de maio na capital paulista, antecedendo a 17ª Conferência Nacional de Saúde, que será realizada de 2 a 5 de julho, em Brasília (DF).

Práticas Integrativas e Complementares (PIC’s) foram destaque

Na ocasião, foi apresentada uma proposta relacionada ao incentivo e ampliação das PIC’s, que foi a seguinte: “Ampliar as ações das Práticas Integrativas e Complementares através do incentivo de implementação efetiva em território nacional”. Isso porque, é fundamental apoiar e respaldar a assistência em saúde através da abordagem holística, como um paradigma do cuidado, a fim de tornar equilibrada e respeitosa a relação entre o sujeito, a natureza e o meio socioambiental.

Sobre as propostas apresentadas

Durante a plenária, os profissionais apresentaram propostas, conforme os eixos temáticos, que em seguida passaram por votação. Para isso, foram reunidos em três grupos compostos por coordenador, secretário, relator, apoiador e demais participantes.

Essas propostas foram divididas em três eixos: Eixo I – “Garantir direitos e defender o SUS, a vida e a democracia”, Eixo II – “O papel do controle social e dos movimentos sociais para salvar vidas” e Eixo III – “Amanhã será outro dia para todos, todas e todes”.

Propostas – Eixo I:

  1. Padronizar, gerir, divulgar e aprimorar os fluxos do acesso à saúde;
  2. Aperfeiçoar, integrar e atualizar o cadastro do usuário para otimizar a oferta de saúde;
  3. Qualificar, fiscalizar e transparecer com efetividade e humanização o sistema de saúde;
  4. Ampliar e investir em serviços de saúde de reabilitação, visando o fortalecimento, os serviços de reabilitação através da reestruturação do Centro Especializado em Reabilitação (CER), por meio de construção de prédio dedicado e adequado às necessidades do CER;
  5. Intensificar e padronizar a informatização de saúde entre todas as esferas;
  6. Desburocratizar, informatizar, ampliar e facilitar a oferta e o acesso aos fármacos;
  7. Melhorar e incentivar a comunicação social entre a população e a entidade de saúde;
  8. Manter atualizada as informações de saúde em seus canais (site, app) e reforçar a comunicação com a comunidade e entre o próprio serviço público;
  9. Implementar a política nacional de tratamento de resíduos sólidos em sua redução, reutilização e reciclagem e encaminhamento para tratamento adequado;
  10. Respeitar as individualidades;
  11. Readequação da pactuação de convênios entre os municípios para o atendimento à saúde de acordo com base populacional;
  12. Unificação de prontuários eletrônico em todas as instâncias;
  13. Ampliar as equipes multidisciplinares com base populacional;
  14. Fortalecer e ratificar as políticas públicas já existentes no SUS, como forma de fortalecimento das ações a serem realizadas;
  15. Eliminar o aparelhamento político das ações do SUS em todos os âmbitos municipal, estadual e federal, fortalecendo os concursos públicos e a carreira funcional de modo a implementar planos de carreira funcional favorecendo assim a adesão de profissionais ao SUS;
  16. Contratação de profissionais e capacitação para o melhor atendimento aos usuários do SUS;
  17. Planejamento e reestruturação dos espaços físicos de atendimento da atenção básica, de média e alta complexidade, adequados às equipes multidisciplinares;
  18. Garantir condições de trabalho para os profissionais de saúde, com disponibilidade adequada de materiais e insumos;
  19. Implementar a Política Nacional de Cuidados Paliativos, com garantia de financiamento, integrada às redes de atenção e como componente de cuidado na atenção primária à saúde reforçando a humanização no SUS,
  20. Garantia de tempo mínimo de consulta pros os diversos membros das equipes multiprofissionais para assegurar qualidade de atendimento.

Propostas – Eixo II:

  1. Ampliar a divulgação em espaços públicos e coletivos para a participação dos usuários nas discussões referente à saúde;
  2. Ofertar e flexibilizar os horários das discussões referente à saúde para a classe trabalhadora e sociedade civil, bem como, a forma como é realizada objetivando uma maior representatividade;
  3. Contribuir e garantir a integração intersetorial no processo educação em saúde;
  4. Implementação de fóruns de discussão pertinentes à saúde, bem como suas devolutivas e andamentos com transparência;
  5. Fiscalizar e garantir que cargos de liderança sejam ocupados com base técnica, a fim de assegurar a excelência no funcionalismo público garantindo a livre participação social sem interesses político partidário;
  6. Propagar as atividades de participação social (audiência, conferência) na comunidade;
  7. Implantar estrutura mínima para os conselhos de saúde (estrutura física, transporte);
  8. Fortalecer a educação política e social para a população de forma que ela participe das ações;
  9. Fortalecer o vínculo da comunidade com a gestão;
  10. Estabelecer comunicação efetiva entre os equipamentos de saúde e usuários com melhora dos canais de acesso;
  11. Desenvolver e aplicar pesquisa através de questionário/formulário para coletar a opinião, as dificuldades e facilidades que os usuários encontram ao fazer uso do Sistema Único de Saúde;
  12. Incentivar a maior participação popular na gestão do SUS;
  13. Promover divulgação massiva do caderno de educação popular em saúde e estratégias de educomunicação, para ampliar a abrangência e efetividade da política nacional de educação popular em saúde no SUS,
  14. Garantir uma devolutiva à população em questões trazidas pelos Conselhos Municipais de Saúde.

Propostas – Eixo III:

  1. Treinar e capacitar os profissionais de saúde para estarem aptos a acolher as diferentes necessidades dos indivíduos (gênero, idade, condição, orientação sexual, raça/etnia/cor, cultura, religião, nacionalidade);
  2. Incluir e ampliar as tecnologias avançadas de saúde para pessoas com doenças raras, crônicas e degenerativas;
  3. Ampliar os Centros de Reabilitação Pós-Covid, devido às sequelas e desdobramentos da doença;
  4. Garantir financiamento para as campanhas de políticas públicas preventivas voltadas para crianças e adultos acometidos por transtornos mentais;
  5. Ampliar as equipes e as estruturas referentes a saúde mental, de forma a garantir espaços de fala aos cuidados de saúde mental na comunidade;
  6. Garantir a ampliação estrutural dos equipamentos de saúde para atendimento das pessoas com deficiência, de forma a permitir e fortalecer a acessibilidade conforme as RDCS;
  7. Investir em Centro de Referência para pessoas LGBTQIA+;
  8. Potencializar e capacitar o acolhimento humanizado nos serviços de saúde e intensificar a escuta ativa e qualificada;
  9. Sensibilização e capacitação dos profissionais da rede para prestar atendimento com respeito e empatia ao paciente entendendo sua individualidade dentro da pluralidade que engloba idade, identificação de gênero, sexualidade, religião, raça, etnia, condições e deficiências e culturas;
  10. Estabelecimento para da linha de cuidado e atualização dos fluxos de atendimento da rede de saúde da pessoa com deficiência;
  11. Aperfeiçoar o Sistema de Notificação para Violência (SINAN), contemplando o público LGBT,
  12. Ampliar as ações das Práticas Integrativas e Complementares através do incentivo de implementação efetiva em território nacional.

Das propostas apresentadas, dentro do Eixo I, 06 delas foram aprovadas; no Eixo II, também foram 06 aprovações; já no Eixo III, foram 03 propostas elaboradas e aprovadas. Ao final, também foi realizada uma pesquisa de satisfação entre os membros da plenária, a qual foi respondida por 77 participantes, sendo que a maioria demonstrou ótima satisfação geral em relação ao evento.

Confira abaixo alguns registros do evento:

(Imagens divulgadas pela Prefeitura Municipal de Barueri).

PostagemRelacionadas