Organizações ambientais destacam discurso de Lula na Cúpula do Clima e cobram planos concretos para desmatamento e fim dos combustíveis fósseis na COP30. Movieco acompanha conferência e está atento às discussões levantadas e aos encaminhamos que virão.
Na Cúpula do Clima em Belém, o presidente Lula defendeu o fim dos combustíveis fósseis e a urgente ação contra o desmatamento. Organizações da sociedade civil receberam o discurso de forma positiva, mas pedem que a COP30, de 10 a 21 de novembro, concretize essas promessas.
Nesse sentido, Marcio Astrini, do Observatório do Clima, destacou a necessidade de um mapa do caminho para acabar com os combustíveis fósseis.
Carolina Pasquali, do Greenpeace, reforçou que é crucial transformar as palavras em planos reais, incluindo metas e financiamento para reverter o desmatamento até 2030.
No entanto, mencionaram a recente licença do Ibama para pesquisa exploratória de petróleo na Margem Equatorial como um ponto frágil frente aos compromissos do governo.
Juliano Bueno, do Instituto Arayara, criticou a ampliação da dependência em combustíveis fósseis, alertando que não basta apenas reconhecer a urgência climática.
Marta Salomon, do Instituto Talanoa, ressaltou que essa COP pode consolidar avanços das últimas reuniões em Dubai e Baku, criando um caminho claro para o futuro.
Tatiana Oliveira, do WWF-Brasil, apontou o lançamento do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), uma iniciativa do governo brasileiro que visa financiar a conservação das florestas tropicais.
O TFFF pretende inicialmente arrecadar US$ 25 bilhões com compromissos nacionais e alavancar US$ 125 bilhões em capital privado.
Maurício Bianco, da Conservação Internacional, enxerga o fundo como um marco para a proteção global, essencial para a saúde do planeta e da economia mundial.
Por fim, para ter sucesso, a COP30 precisa transformar discursos em ações concretas, planos claros e mecanismos efetivos de implementação.
O Movieco esteve presente na RIO+20, no Rio de Janeiro, em 2012, na Cúpula dos Povos, acompanhando os desdobramentos do encontro. E também segue acompanhando, agora, ainda que de longe, o desenrolar e os encaminhamentos que virão da COP30.
Fonte: Notícia da Agência Brasil
Foto: Bruno Peres/Agência Brasil
Uma avaliação pertinente
Post no Instagram @arayaraoficial e @amazonclimatehub avaliam o resultado desse primeiro momento de COP30.
Organizações da sociedade civil com atuação nas questões climáticas consideraram positivo o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura da Cúpula do Clima, em Belém, na última quinta-feira (6).
”Enquanto o governo reafirma o compromisso com o Acordo de Paris, segue ampliando a dependência de combustíveis fósseis – autorizando novas explorações de petróleo e leilões de termelétricas a carvão e gás. Não basta reconhecer a urgência climática se não houver metas mensuráveis, prazos e mecanismos transparentes de implementação”, criticou o presidente do Instituto ARAYARA, Juliano Bueno
Na ocasião, Lula defendeu a superação dos combustíveis fósseis e enfatizou a necessidade de os países levarem a sério os alertas da ciência sobre o clima.
O evento, que reúne dezenas de chefes de Estado e de governo, antecede a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada de 10 a 21 de novembro, também na capital paraense.





