Brasil reafirma compromisso com a Economia Solidária

Na Reunião Plenária do Conselho Nacional de Economia Solidária, realizada em Brasília, o secretário-executivo do Ministério do Trabalho e Emprego, Francisco Macena, destacou a economia solidária como a forma mais justa de aplicar a força de trabalho, por meio de cooperativas e empreendimentos populares.

O evento ocorreu entre 31 de março a 1º de abril, terminando com um encontro no Palácio do Planalto entre o presidente Lula, o Ministro do Trabalho e representantes do Conselho. No encontro foram discutidos seis casos de empreendimentos de diferentes áreas produtivas.

Durante o primeiro dia, foi apresentado o painel “Diálogos: Radar da Economia Solidária”, com foco na economia solidária e o futuro das trabalhadoras.

A subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho do MTE, Paula Montagner, anunciou a retomada do Cadastro Nacional de Empreendimentos Econômicos Solidários (Cadsol), que havia parado em 2018. Com esta retomada, espera-se obter dados sobre a organização e a produção destes empreendimentos, que incluem 27 mil cooperativas registradas no país, sendo 5.200 ligadas à economia de produção.

Tatiana Valente, do Fórum Brasileiro de Economia Solidária, trouxe dados relevantes, revelando que 49,1% dos lares brasileiros são chefiados por mulheres, totalizando 36 milhões de domicílios.

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Dados apontam diagnóstico

Segundo o Ipea, 9,3 milhões de mulheres estão na informalidade, com 47,3% desses negócios sendo solidários e 64% das mulheres nessas iniciativas sendo negras. Estudos indicam que 85% dos empreendimentos solidários são liderados por mulheres, necessitando de políticas concretas para transformar esses negócios, garantindo seguridade semelhante à dos empreendimentos masculinos.

Além disso, a reunião discutiu a 4ª Conferência Nacional de Economia Popular e Solidária, prevista para agosto deste ano, a regulamentação da Lei Paul Singer (15.068/24), que instaura a Política Nacional de Economia Solidária, e atualizações sobre o Programa Paul Singer e a COP 30. Nelsa Nespolo, presidente da Cooperativa Justa Trama, e Eliane Martins, uma das coordenadoras do Programa Paul Singer, corroboraram a importância da inclusão produtiva através da economia solidária.

Fonte: Contec Brasil

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