O presidente Lula destaca na ONU a necessidade de multilateralismo, ambição climática e taxação dos super-ricos, pontos reforçados pelo Greenpeace para o sucesso da COP30.
Na última terça-feira (23), durante a Assembleia Geral da ONU, o presidente brasileiro Lula destacou pontos essenciais para o combate à crise climática, como o multilateralismo, a ambição em planos climáticos nacionais e a taxação dos super-ricos.
Para Carolina Pasquali, diretora executiva do Greenpeace Brasil, “no marco dos 80 anos da ONU e dos 10 anos do Acordo de Paris, o presidente Lula acerta o tom ao defender o multilateralismo, apontar que a crise climática deve ocupar posição central nos debates da ONU e estimular os países a apresentarem planos climáticos nacionais robustos e ambiciosos, as NDCs, antes da COP30”.
Ainda segundo Pasquali, é fundamental o destaque do presidente para o financiamento aos países em desenvolvimento, sem agravar suas dívidas externas, uma pauta “absolutamente relevante para o sucesso da COP30”.
Contudo, o discurso de Lula foi seguido pelo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que voltou a questionar a ciência climática e ameaçar os compromissos de transição energética.
Pasquali observa que os discursos mostram um “choque de realidade”, onde líderes precisarão assumir lados claros: entre o compromisso com a ciência e o futuro coletivo ou a defesa de falsas dicotomias que atrasam o progresso, como a separação injusta entre energias renováveis e desenvolvimento.
Para ela, “como disse o Presidente Lula, que a COP30 será a COP da verdade, será mesmo: os compromissos nacionais serão testados, o multilateralismo será testado e só sairemos dessa encruzilhada com líderes ambiciosos assumindo um compromisso real com nosso futuro.”
Fonte: Greenpeace
Imagem: Ricardo Stuckert / PR