Foto: Christian Gebara, CEO da Vivo: Operadora se torna “guardiã” de 800 hectares da Amazônia até 2055. (Vivo/Divulgação)
A Vivo, principal operadora de telecomunicações do Brasil, anunciou o projeto Floresta Futuro Vivo, um compromisso inédito de longo prazo para restaurar e preservar 800 hectares na Amazônia oriental durante 30 anos, com o plantio previsto de 900 mil árvores nativas.
O projeto, detalhado pelo CEO Christian Gebara no Encontro Futuro Vivo, ocorrerá em uma região próxima a um dos últimos grandes blocos de floresta densa da Amazônia, área severamente desmatada e habitat do macaco-caiarara, um dos primatas mais ameaçados do mundo.
Além do reflorestamento, a Vivo atuará na proteção da biodiversidade, fortalecimento das comunidades locais e reconexão das paisagens, plantando 30 espécies nativas e criando corredores ecológicos que favorecem o deslocamento da fauna e processos naturais.
O projeto também visa impulsionar a bioeconomia regional por meio do manejo sustentável de sementes, frutos e seivas, gerando renda sem desmatamento para comunidades tradicionais, assentamentos e povos originários num raio de 20 quilômetros, por meio da valorização do conhecimento ancestral.
Sustentabilidade real
Christian Gebara destacou que a sustentabilidade real gera valor tanto para o planeta quanto para a sociedade, reforçando o compromisso com a Amazônia e as futuras gerações.
Leia também:
– Água como bem comum: o que Roma ensina ao Brasil sobre privatização e acesso universal
– Negociações sobre tratado internacional contra poluição plástica são adiadas
– Organizações enviam carta ao governo brasileiro em apoio à regulação de plásticos problemáticos
– Poluição por ansiolíticos altera comportamento e ameaça sobrevivência de peixes
O anúncio ganha maior relevância frente à COP 30, que será realizada em Belém, aumentando a pressão para o Brasil apresentar ações concretas contra a degradação Ambiental.
Especialistas como os climatologistas Johan Rockström e Carlos Nobre ressaltaram a importância das iniciativas corporativas para mobilizar os recursos necessários diante da crise climática global, reconhecendo o setor privado como ator indispensável na agenda ambiental.
Fonte: Exame
