A ONU e a mudança climática
No século XIX, começou a surgir a consciência de que o dióxido de carbono acumulado na atmosfera da Terra poderia criar um “efeito estufa” e aumentar a temperatura do planeta. Um processo perceptível nessa direção já tinha começado – um efeito colateral da era industrial era a produção de dióxido de carbono e outros “gases de efeito estufa”.
Em meados do século XX, tornou-se evidente que a ação humana influenciou um aumento significativo na produção desses gases e o processo de “aquecimento global” estava se acelerando. Hoje, quase todos os cientistas concordam que devemos parar e inverter este processo agora – ou enfrentar uma devastadora onda de catástrofes naturais que vai mudar a vida na Terra como a conhecemos.
Conferência sobre Mudança Climática em Cancun leva a acordos
Em dezembro de 2010, negociações sobre as mudanças climáticas em Cancún foram concluídas com um celebrado pacote de decisões para ajudar o avanço dos países no sentido de um futuro com baixas emissões. Apelidadas de “Acordos de Cancún”, as decisões incluem formalizar compromissos de redução e assegurar maior responsabilização, bem como tomar medidas concretas para proteger as florestas do mundo.
O Acordo de Copenhague foi firmado pelos Chefes de Estado, Chefes de Governo, Ministros e outros chefes de delegação na Conferência sobre Mudanças Climáticas da ONU em Copenhague, em dezembro de 2009.Muitas das provas já parecem claras para os leigos também. A maior parte dos anos mais quentes já registrados ocorreram nas últimas duas décadas. Na Europa, a onda de calor do verão de 2003 resultou em mais de 30 mil mortes. Na Índia, as temperaturas chegaram a 48,1 graus Celsius.
Quase dois anos depois, a ferocidade do furacão Katrina nos Estados Unidos foi atribuída, em grande parte, à elevada temperatura das águas no Golfo do México. E, em relação a terrenos em mutação, 160 quilômetros quadrados de território se separaram da Costa Antártica em 2008 – suas ligações à Antártida literalmente derreteram.A ONU está na vanguarda do esforço para salvar nosso planeta.
Em 1992, a “Cúpula da Terra” criou a Conferência Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC) como um primeiro passo no combate ao problema. Em 1988, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) criaram o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) para fornecer uma fonte objetiva de informação científica.
E o Protocolo de Kyoto da Convenção de 1997, que estabeleceu metas de redução de emissões para países industrializados, já ajudou a estabilizar e, em alguns casos, reduzir as emissões em vários países.A ONU tem assumido a liderança no enfrentamento às mudanças climáticas.
Em 2007, o Prêmio Nobel da Paz foi atribuído conjuntamente ao ex-Vice-Presidente dos Estados Unidos, Al Gore, e ao IPCC “por seus esforços para construir e divulgar maior conhecimento sobre as mudanças climáticas causadas pelo homem e lançar as bases para as medidas que são necessárias para neutralizar tais mudanças.”O Protocolo de Kyoto estabelece normas para determinados países industrializados.
Essas metas expiram em 2012. Entretanto, as emissões de gases de efeito estufa em países desenvolvidos e em países em desenvolvimento vem aumentando rapidamente.O Acordo de Copenhague foi acordado pelos Chefes de Estado, Chefes de Governo, Ministros e outros chefes de delegação na Conferência de Mudança Climática da ONU em Copenhague em dezembro de 2009.IPCC- Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas.
O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) é o principal organismo de avaliação das mudanças climáticas. Foi estabelecido pela Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e a Organização Meteorológica Mundial (OMM), com objetivo de fornecer ao mundo o atual estado das mudanças do clima e suas potencialidades ambientais e sócio-econômicas, com uma visão científica clara.Imprimir.
O IPCC é uma entidade científica. Ele analisa e avalia as mais recentes informações científicas, técnicas e sócio-econômicas produzidos a nível mundial relevante para a compreensão das mudanças climáticas. Não realiza qualquer investigação nem monitoramento do clima e dados ou parâmetros a ele relacionados. Milhares de cientistas de todo o mundo, contribuem para o trabalho do IPCC, sobre uma base voluntária. A revisão é uma parte essencial do processo do IPCC, para garantir uma avaliação objetiva e completa de informações atuais.
Diferentes pontos de vista existentes no seio da comunidade científica são refletidos nos relatórios do IPCC.O IPCC é um organismo intergovernamental, e é aberta a todos os países membros da ONU e da OMM. Os governos estão envolvidos no trabalho do IPCC, podendo participar do processo de revisão e das sessões plenárias do IPCC, onde as principais decisões sobre o programa de trabalho do grupo são tomadas e os relatórios são aceitos, aprovados e homologados. A mesa do IPCC e o presidente são eleitos nas sessões plenárias
Fonte:
https://brasil.un.org/